quarta-feira, 9 de setembro de 2015

DOS DIAS QUE FINJO POESIA: "Porta"

Porta.
Prefiro deixar entreaberta 
A luz intensa me desmantela 
Se põe a desenhar círculos
que me furtam a cor
Se a deixo entrar por completo
Não demora e estou cega.



A penumbra é minha fuga
A realidade?
O monstro embaixo da minha cama
e vem me chamar pra brincar, 
fingir alguns sorrisos e
dissimular a normalidade das coisas. 

Quero mergulhar no escuro, 
me entorpecer num mar de descontentamento
ou seria uma nova ilusão? 
Não importa.

Sons mecânicos, batidas na porta
Querem me disparar em alarme.
Casa vazia faz o coração inquietar-se

Um disparo. 
Trovoada lá fora anuncia chuva nova.
Na calada dessa noite
Se eu abrisse um pouco mais a porta
Talvez ninguém fosse notar.

Notou.

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Olá Jéssica, estou amando seu blog. Você traz propostas de livros muito bons e que não são comuns de encontrar resenha do mesmo em outros lugares, parabéns!

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    1. Aiiii que coisa booa!
      fico tão feliz de saber, sabia?

      muito, muito obrigada! <3

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  4. "Que lindo" talvez não seja o melhor comentário para se dedicar a um poeta mas esta é certamente minha primeira reação a este poema, e também a outros momentos deste blog. Parabéns pelo projeto :)

    Saudações,
    Rebeca
    (Blog Papel Papel)

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    1. Hahahaha, awmm <3

      Muito obrigada pela atenção e fofura, de verdade!
      Acabei de conhecer seu blog, adorei!

      Beijo, Rebeca!

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